Friends foi uma série americana dos anos 90, cuja história girava em torno de um grupo de 6 amigos que viviam em New York e enfrentavam juntos os problemas da vida, trabalho e romances.
Se você não é fã e/ou nunca assistiu, o texto vai fazer sentido do mesmo jeito. Mas, todas as 10 temporadas estão disponíveis na Netflix para quem quiser ver.
Como eu sou super fã da série e sou uma apaixonada pelo meu trabalho (marketing de conteúdo), decidiu trazer os ensinamentos que tirei de cada um dos 6 personagens sobre o assunto.
Vamos lá?
Criatividade não tem nada a ver com desorganização
Mônica é definitivamente a minha pessoa favorita de Friends. Eu adoro o fato dela ser uma chefe de cozinha que ama o que faz, persistente e resiliente. E, é claro, mega organizada.
Inclusive, a sua mania por manter tudo organizado é uma das características que mais me identifico. E se tratando de criação de conteúdo, esse é um aspecto que eu considero indispensável.
Aliás, eu nunca entendi porque algumas pessoas insistem em relacionar a criatividade com a desorganização. Como se o fato de você trabalhar em meio a bagunça, fizesse você ter melhores ideias e ser mais produtivo.
Para quem cria conteúdo, manter processos bem estruturados e planejamentos bem feitos são essenciais para trazer melhores resultados e melhorar a qualidade das suas tarefas.
Por isso, para escrever melhor e me organizar ao ponto de deixar Mônica Geller muito orgulhosa, eu mantenho alguns hábitos:
mantenho uma agenda para organizar os dias que tenho que escrever. Se tenho que produzir um conteúdo por semana, separo pelo menos 2 dias na agenda, sendo um para escrever e o outro para fazer a revisão do texto e possíveis alterações;
além da agenda, na empresa onde trabalho fazemos um calendário editorial mensalmente. Logo, este calendário também inclui os conteúdos que preciso produzir durante o mês. Então, pelo 2 semanas antes do início do calendário, eu já defino pelo menos a temática dos posts;
- ainda falando do calendário, quando defino as temáticas dos posts, também aproveito para definir a etapa do funil de cada conteúdo, fazer a pesquisa de palavras-chave, benchmarking da concorrência, pesquisa de referências e data e horário de postagem de cada conteúdo, levando em consideração as análises no Analytics. Se serão 4 textos por mês, por exemplo, eu separo pelo menos 1 dia inteiro na minha agenda para fazer toda essa análise para cada conteúdo;
- durante a escrita de fato, eu me organizo da seguinte forma: primeiro confiro as referências e resultados do benchmarking, em seguida faço a construção do esqueleto do conteúdo (heading tags que terão no texto e o assunto de cada uma, título e CTAs que podem ser incluídos no texto), feito isso eu começo a escrever o que terá em cada heading tag e defino os subtítulos, depois faço a conclusão e por fim a introdução. Para finalizar, eu leio todo o texto e faço as ligações necessárias do meu Frankenstein para não ficar sem pé e nem cabeça e analiso tudo isso numa visão de SEO e Link Building. No dia seguinte, minha cabeça está descansada o suficiente para eu revisar o texto de forma mais crítica e fazer as alterações que eu achar interessantes ou necessárias;
- além disso tudo, eu mantenho tudo documentado e organizado no meu Google Agenda e no meu Trello, para não esquecer de nada;
- na hora de escrever, prefiro utilizar o Google Docs, que é online e já salva tudo automaticamente, evitando um monte de documentos acumulados e desorganizados no meu computador;
- e, por fim, para salvar referências, ideias ou fazer notas, eu utilizo o Keep, que também é online e já é integrado com o Gmail, se você utilizar a última atualização.
É claro que tudo isso são hábitos que eu adquiri ao longo dos meus dias, que se adequam totalmente à minha rotina e que me ajudam a escrever melhor.
Mas, existem outros milhares de aplicativos e ferramentas que podem auxiliar você a se organizar na hora de escrever. O importante é testar as mais variadas formas e ver aquela que ajuda melhor você.
Pensar fora da caixa é um clichê que não pode ser ignorado
Assim como é impossível ignorar a Phoebe, também uma das minhas personagens mais queridas em Friends. Eu adoro esse lado esotérico e meio pirado dela, e o fato dela ser uma pessoa autêntica e com uma personalidade excêntrica, original e totalmente fora da caixa.
Ainda que alguns dos seus pensamentos sejam totalmente descabidos, no final das contas possuem um significado que realmente faz algum sentido e até demonstram uma maturidade intelectual.
Quem pensa fora da caixa, como a Pheebs, tem pensamento crítico para inovar e criar, desviando-se do senso comum.
Quer mais ligação com criação de conteúdo do que isso?
Segundo uma pesquisa da BigDataCorp, atualmente existem cerca de 10 milhões de sites ativos no Brasil, dos quais 5,5 milhões são blogs.
Ou seja, existem milhares (talvez milhões) de conteúdos sendo publicados todos os dias a blogosfera.
Logo, pensar fora da caixa nunca foi tão importante.
E se tratando de criação de conteúdo, fazer algo diferente dos demais exige muito mais do que ter ideias incríveis. Exige estar em constante evolução, sair da bolha e não ter medo de errar.
Como é o caso da nossa querida personagem Phoebe Buffay, que pode até ser louquinha, cantar músicas sobre gatos fedidos ou ter certeza que a sua mãe reencarnou em um gato, mas no fundo tudo isso só destaca a sua personalidade e a torna incrivelmente diferente dos demais.
Afinal, hoje ninguém quer o mais do mesmo, certo? Com conteúdo é a mesma coisa.
Para me ajudar nessa difícil tarefa que é rasgar a caixa que nos cerca e enxergar o mundo com outros olhos, eu tento seguir alguns hábitos diários:
- ampliar o repertório cultural. E isso não significa visitar mais museus, afinal cultura não está presente somente em exposições de arte. É interessante realizar coisas que não estamos acostumados a fazer, pois isso ativa novas áreas no nosso cérebro e provoca conexões, ajudando a pensar em outras soluções para o mesmo problema. Por exemplo, eu costumo me encher de referências diferentes e não apenas da minha área profissional. Então, eu leio artigos em português e em inglês sobre assuntos diversos, assino diversas newsletters diferentes, assisto algum TED, filme ou série aleatória, tento ouvir pelo menos 1 podcast durante o dia sobre algo diferente e leio livros sobre tudo;
- conversar com as pessoas. Parar para tomar um café e conversar com os colegas é uma ótima maneira de aumentar o repertório, ter ideias ou adquirir uma informação que pode mudar totalmente o seu dia ou ajudar a resolver aquele problema que você tentava quebrar a cabeça para resolver. E é importante destacar que não é culpa sua se você só conseguiu resolver um problema quando enxergou pelo olhar de outra pessoa, afinal pedir ajuda também é algo fora da caixa e ajuda você a ver a situação de outra dimensão;
- não fazer nada. Sim, eu sei que parece loucura. Mas em alguns momentos não fazer absolutamente nada também é importante para a nossa mente e corpo, principalmente em um mundo onde somos bombardeados por diversas informações ao mesmo tempo. Por exemplo, eu tenho o costume de meditar com o meu marido pelo menos uma vez na semana e isso nos ajuda a relaxar a mente, reduzir o estresse e se desconectar de tudo. Isso ajuda, inclusive, a reduzir a ansiedade, que é praticamente a inimiga do ‘pensamento fora da caixa’.
Novamente, isso tudo são coisas que eu faço e que me ajudam. E, é claro, nem tudo eu faço todos os dias, mas costumo ter todas as cartas na manga para o caso de ficar presa numa dessas caixas por aí.
Sair da zona de conforto é importante para crescer
Eu gosto muito da Rachel por sua evolução na série. Ela começa como uma patricinha sem noção que fugiu do próprio casamento e decidiu buscar a própria liberdade e autonomia sem saber direito por onde começar e se torna uma excelente e competente profissional da Ralph Lauren.
Mas, acima de todos os seus aspectos, de sagaz à sofisticada, Rachel Green ensina sobre sair da zona de conforto e enfrentar os problemas de frente.
E isso tem muito a ver com criação de conteúdo (e até se torna um pouco repetitivo, em comparação ao tópico anterior), principalmente quando percebemos que a maioria dos conteúdos fala sempre a mesma coisa e do mesmo jeito.
Claramente, os profissionais de conteúdo estão presos numa eterna zona de conforto e cada vez mais se afundando no ‘mais do mesmo’, com textos rasos e sem nada a ensinar.
Mas, voltando a nossa personagem, quando a Rachel decidiu se casar, ela só queria sair da casa dos pais onde tinha tudo o que queria e ir para a casa do marido e continuar tendo tudo o que queria. Sem fazer absolutamente nada para mudar isso e vivendo como uma dondoca.
Mas, então, ela percebeu que aquilo não era tudo o que ela realmente queria e fugiu do seu casamento em busca de encontrar o que precisa sem que alguém lhe desse isso.
Foi então que ela começou a trabalhar como garçonete no café Central Perk, totalmente fora da sua zona de conforto e fazendo coisas que ela nunca precisou fazer, como servir café e limpar mesas, por exemplo.
É claro que ela sofreu, sair dessa zona dói e é difícil. Mas a gente não só aprende, como cresce. Não é a toa que, algumas temporadas depois, Rachel realiza o seu sonho de trabalhar com moda na Ralph Lauren.
Eu diria que a mesma coisa acontece com a criação de conteúdo. Enquanto você não parar de fazer os mesmos textos de sempre, acredite, nada vai mudar.
E, por mais que você espere que sim, não existe um passo a passo para escrever melhor. Tudo depende apenas de você!
Assim como tudo dependia apenas da Rachel para ela crescer, arranjar um emprego e mudar de vida.
Recentemente, eu vi uma frase que dizia o seguinte:
“Para chegar aonde a maioria não chega, é preciso fazer o que a maioria não faz.”
Então, se você continua escrevendo igual aos outros, como você deseja se tornar diferente deles?
Determinação é muito importante para a vida (e para a escrita também)
Tudo bem que o Joey é o típico personagem americano clichê. É aquele tipo de homem bonito e pegador, porém burro e que nunca terá um relacionamento sério durante a série inteira (com exceção do romance com a Rachel, que nem merece a menção de tão ruim).
Mas ninguém pode negar o quanto Joey Tribbiani é o personagem mais determinado de toda a série.
Ele trabalha como ator, mas não consegue nenhum papel de verdade. Geralmente são musicais que ninguém vê ou como coadjuvante do filme do Al Pacino, como um dublê de bunda do mesmo (sério, é hilário!).
No entanto, ainda que no início da série ele não seja reconhecido como um ator de verdade, nunca o vemos desistir da profissão ou pensar duas vezes antes de recusar um papel ruim (ainda que seja um filme independente e falido em Las Vegas).
Até que um dia, finalmente, ele consegue um papel super importante na novela Days of our Lives e consegue subir de vida. E com certeza ele não chegou lá por falta de determinação ou duvidando de si mesmo.
Por isso, ao relacionar isso com a criação de conteúdo, a primeira coisa que me vem em mente são as seguintes frases:
- “Ah, mas eu não escrevo bem”;
- “Eu tenho vergonha, as pessoas vão rir da minha escrita”;
- “Eu não escrevo tão bem quanto fulano”;
- “É melhor eu não tentar, nunca vou escrever igual fulano”.
E aí, se identificou com alguma dessas frases?
Pois é, não é incomum encontrar escritores que pensam assim e, por duvidarem tanto de si, acabam deixando a escrita para lá.
E, acredite, enquanto você não for determinado e continuar tentando, você nunca vai escrever bem.
Eu ouso até dizer que, para escrever bem, primeiro você precisa escrever alguma coisa.
Então, ao invés de ser uma vítima e ficar repetindo aquelas frases lá em cima, tome uma atitude e comece hoje mesmo a escrever. Pode ser qualquer coisa, uma frase, uma pequena reflexão, um conto, um artigo, não importa.
Você vai perceber que só é necessário o primeiro passo para a situação mudar de figura.
Nunca é tarde para mudar tudo e começar do zero
Você também já ficou focado no mesmo objetivo, que não levava a lugar nenhum, e sentia como se não estivesse saindo do lugar?
A mesma coisa aconteceu com Chandler Bing, um dos personagens mais engraçados de Friends (depois de Phoebe, eu diria), sarcástico, sensível e totalmente desesperado.
Depois de passar 9 temporadas trabalhando como Processador de Dados e odiando o próprio emprego, ele pediu demissão e se tornou estagiário de uma agência de Publicidade, onde ele tinha que competir com outros estagiários com a metade da sua idade.
No entanto, ele mostrou que nunca é tarde para mudar de caminho, quando a nova decisão nos leva a melhores resultados.
Não é fácil recomeçar, mas é totalmente possível.
Falando de criação de conteúdo, pense que é sempre melhor um conteúdo no caminho certo do que dois sem sair do lugar.
Então, o que você está esperando para excluir aquele conteúdo e começar do zero, mas dessa vez no caminho certo?
Amar o que faz é mais importante do que os tópicos anteriores
Para finalizar temos Ross Geller, irmão da Monica, super romântico e à procura de um amor de verdade, mas que, na prática, passou por três divórcios durante toda a série. Cada um mais engraçado que o outro, diga-se de passagem.
No entanto, algo que podemos destacar em Ross é o seu amor pelo que faz. Ele é paleontólogo, uma profissão nada comum, e trabalha em um museu.
Apesar das piadinhas dos amigos com relação à sua profissão, ele segue com sua paixão por fósseis e dinossauros.
Com Ross aprendemos que vale a pena seguir nossos objetivos profissionais e lutar pelo que se gosta, afinal não adiantar seguir uma profissão apenas porque paga bem ou porque está em alta, se não nos sentimentos bem atuando nela.
Com relação a criação de conteúdo, eu percebo que vale bem mais amar escrever do que fazer isso apenas porque ‘está em alta’.
Acredite, a dedicação é muito mais fiel quando se gosta do que faz.
Além disso, quando você faz com coração e alma fica muito fácil seguir o caminho e obter os melhores resultados.
E aí, o que achou das dicas acima?
Se você também é fã de Friends, não deixe de compartilhar outros aprendizados vindos da série nos comentários, ainda que não seja relacionado a criação de conteúdo.
Ah, e se você gostou deste texto, por favor dê um like para eu saber que estou no caminho certo.
0 comentários